domingo, 9 de março de 2008

O CICLOTURISTA E O EQUIPAMENTO

Ainda que não seja obrigatório possuir equipamento especial para andar de bicicleta é, contudo importante respeitar algumas regras basilares.

Assim, aconselhamos:
O uso de roupa de lã ou algodão, pois isola-o das mudanças bruscas de temperatura e é óptima para absorção da transpiração;

Que quando o tempo estiver fresco use uma camisola de lã ou um blusão de fato de treino;

Que quando a prática for intensiva, use calções próprios para ciclismo a fim de proteger a pele, sobretudo nas zonas genitais;

O uso de camisola de ciclista, por ser bastante prática e ter a vantagem de cobrir os rins, como tem diversos bolsos poderá neles transportar documentos de entidade;

A usar luvas, o que permite uma melhor condução e protecção em caso de queda;

O uso de capacete e sapatos apropriados que são também elementos importantes;

A Actividade do Cicloturista
Tal como em todos os tipos de actividade, esta, deverá ser pouco intensa de início para ir aumentando gradual e lentamente.
Os grupos musculares não poderão fornecer o trabalho exigido se não estiveram para isso suficientemente preparados.
O cicloturismo exige uma adaptação das funções respiratória e cardiovascular, sem as quais se corre o risco de se tornar prejudicial.
Se a idade for avançada os cuidados deverão ser maiores.

Não se esqueça de fazer um ligeiro aquecimento antes de iniciar o seu passeio.

Faça sempre amplos movimentos respiratórios utilizando, para isso, os músculos abdominais.

Transporte consigo um recipiente com água e, se o passeio for muito, longo leve também alguns nutrientes energéticos.

Julgamos ainda importante

Não fazer um novo passeio sem que haja recuperado do esforço dispendido no anterior;

Rolar pouco tempo muitas vezes e não muito tempo e poucas vezes;

Evitar as estradas municipais, devido aos perigos que nelas se corre e à poluição que se absorve. (Prefira os itinerários junto das zonas arborizadas e de agradável paisagem);

Não pratique cicloturismo se tiver:

Alguma insuficiência cardíaca;
Insuficiência respiratória;
Alterações metabólicas;
Perturbações nutricionais;
Problemas de equilíbrio;
Artroses evolutivas nos membros inferiores;
Afecções na região anal ou perianal;

A progressão
Seja qual for o objectivo que o leve à prática do cicloturismo é indispensável respeitar a sua progressão, quer em distância quer em intensidade. Desta forma, é importante uma prática e progressiva e isto porque, seja qual for a modalidade desportiva, é impossível atingir grandes objectivos se não se possuir uma boa condição física. Ora para a obtermos necessitamos dum perfeito equilíbrio fisiológico (em especial adaptações respiratórias e cardiovasculares) sem o que não nos será possível melhorar.

O Cicloturista e a Segurança
Sobre duas rodas, há duas vezes mais razão para estar atento…É fundamental o respeito pelas regras de trânsito e, para além disso, uma vigilância permanente sobre os perigos da circulação. Assim:

NA CIDADE, PRESTE ATENÇÃO:
Às portas dos veículos que se abrem bruscamente;
Aos automobilistas que saiem do estacionamento;
Aos peões que atravessam as ruas muitas vezes fora das passagens próprias;
Às crianças que, inesperadamente, podem aparecer na faixa de rodagem;
NA ESTRADA:
Circule pela direita, bem encostado à berma;
Se necessitar parar faça-o fora da faixa de rodagem;
Nunca circule a par com outro ciclista:
Faça-o atrás ou à frente, circulando em fila;
Nunca se faça rebocar, nem transporte objectos que ponham em perigo o equilíbrio ou a condução;
Tenha em atenção a deslocação de ar provocada por ultrapassagens de veículos pesados;

É ainda importante:

Ver e ser visto;

Possuir as luzes indispensáveis;

Vestir roupas claras e usar marcas fluorescentes para circular de noite ou com má visibilidade;

O Cicloturista e a sua Bicicleta

A autonomia da sua bicicleta é-lhe dada pela transformação da energia muscular em energia mecânica. Esta transformação de energia depende directamente da condição física e é transmitida à bicicleta através da pedalagem.
O movimento obtido está também dependente da multiplicação, ou seja, da relação entre o número de dentes da roda pedaleira e da roda livre. Para os casos em que a bicicleta disponha das chamadas mudanças de velocidade, aquela relação poderá ser alterada em função das necessidades do cicloturista.
Aconselhamos a quem não esteja habituado, que circule em terrenos planos e de fácil progressão, fazendo aí o estudo prático da cadência que lhe convém.
Para além da acção simples de pedalar, existe um conjunto de factores que lhe poderão facilitar ou prejudicar a eficácia do movimento:

A altura do selim

Sente-se correctamente sobre o selim e coloque os calcanhares sobre os pedais, estando estes com as respectivas manivelas paralelas ao tubo do selim. Este estará bem adaptado à sua altura, se o pé que estiver mais abaixo assentar no pedal, ficando a perna perfeitamente esticada.

O avanço e o recuo do selim

Se estiver bem sentado sobre o selim (pés devidamente colocados nos pedais, com as manivelas na posição horizontal e mãos sobre o guiador), um fio-de-prumo que passe pelo joelho deverá tocar numa posição no pedal de cerca de 1 cm à frente do seu próprio eixo.
A altura do quadro

A rigidez de um quadro deve ser a sua primeira preocupação. A mini-bicicleta (vulgarmente conhecida por bicicleta articulada) deveria ser rejeitada, sempre que possível, pois não proporciona muita segurança e o seu próprio rendimento deixa muito a desejar. Para um quadro rígido e do tipo «homem» indicamos-lhe um método que lhe facilita uma boa escolha.

Primeiramente terá que saber a sua altura de entre-pernas.

Tabelas de correspondências
-Estatura do ciclista -------------Altura do quadro (H)

---1,60m a 1,65m --------------------49 a 53cm

---1,65m a 1,70m --------------------51 a 55cm

---1,70m a 1,75m --------------------53 a 57cm

---1,75m a 1,80m --------------------55 a 59cm

---1,80m a 1,85m --------------------58 a 60cm

---1,85m e mais ----------------------59 a 62cm

Postas todas estas informações desejamos-lhe BOA VIAGEM

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